Com o período de férias de verão a
decorrer, muitos são os casais e famílias que escolhem sítios paradisíacos e
solarengos para finalmente estarem juntos depois dum “ano” de trabalho… mas não
conseguem!...
E o "foram felizes para sempre" com
que terminam, muitos dos contos infantis, não acontece. Seja a falta de
amor, independência, de comunicação ou infidelidade apontada como motivo de
separação, é sentido no imediato como “alívio pessoal” face a um desgaste
emocional que normalmente se arrasta (silenciosamente) no tempo.
Seja por falta de maturidade de um ou de ambos os elementos do casal, para lidarem com as adversidades, as “diferenças”
tornam-se gigantes irreconciliáveis. E mesmo quando querem, ninguém está preparado para o momento.
O cinema e livros existem para nos fazer sonhar, por isso, deles foram retiradas
estrategicamente as “cenas” que revelam que o príncipe (ou a princesa) crescem
e descobrem as suas “true colors” e
percebem como lidar com elas, ou, que já não se encontram no plano da vida e
das ideias… percebem que já não são “feitos um para o outro”…
É difícil… ter de lidar com toda a emoção, com as
promessas que se fazem quando começa a ser tarde… perceber se é Amor ou dependência,
hábito…
Até porque com uma separação, termina um
projeto de vida pensado a dois. É sentido por muitos como um naufrágio a que tanto
resistiram para “não falhar”… algo, alguém a quem se dedicaram sem
possibilidade de continuidade, muitas vezes sem vontade consciente de ambos e
algumas vezes sem a “autorização” de um deles.
Quando deste encontro nasceram
filhos, tudo ganha proporções muitas vezes inimagináveis para quem vive a morte
da relação. E tal como de uma morte real se tratasse, há dor, desorientação mas
é obrigatório buscar serenidade, (no mínimo bom senso) para orientar os que
continuam a olhar e a depender dos adultos. Claro que é preciso fazer o luto
para depois reconstruir novo futuro (apesar de não parecer desejável ou
possível).
Reconstruir é sempre obrigatório?! Sim, porque morre a relação e com ela, todas
as expectativas construídas ao seu redor.
Assumir o leme do barco da vida,
que antes estava em “velocidade cruzeiro” numa zona de conforto, e
redirecioná-lo novamente, é obrigatório (na separação ou reconciliação) mas
também é algo que ninguém quer ser obrigado a fazer.
Há Amores e desamores… para si, o
que vai ser?