22 de maio de 2015

Queres ser feliz?…



Acredito que sim… que a vossa resposta a esta pergunta seria um enorme SIM.

Mas a que preço?

Estava a divagar na internet quando li um titulo curioso “Seu filho precisa mesmo ser tão feliz?”*… fiquei momentaneamente atordoada pensando…

Claro que sim! Não é para isso que cá estamos?

Mas depois de ler a reflexão espelhada no texto compreendi porque fiquei atordoada… talvez pelo mesmo motivo que os pais vão a todo o lado e fazem de tudo (e a qualquer custo) para fazerem felizes os seus petizes… para os fazerem/sentirem felizes como criaturas super, mega fantásticas mas retirando (sem dar conta ou intenção) o direito de se sentirem cansados ou aborrecidos… pensei que era imune…

Esquecemos com uma facilidade estonteante a capacidade criativa das crianças para serem simplesmente felizes, e, por isso desviamos a sua atenção para situações fora delas procurando oferecer-lhes um pouco de felicidade interior… contrassenso, não vos parece?    

Passados anos neste processo transformamos as nossas crianças em (pequenos) adultos que continuam a procurar a felicidade nas coisas, situações fora deles, sem perceberem que o que precisam está dentro deles…

Porque já dizia Leonardo Da Vinci “ A simplicidade é a o último grau de sofisticação”…



Notas:
*http://thesecret.tv.br/2015/02/seu-filho-precisa-mesmo-ser-tao-feliz/

5 de abril de 2015

Frustração: Quando o desejo não vence…


A frustração é uma emoção que surge quando algo que se esperava, desejava não acontece… depende das expectativas criadas face a uma situação, pessoa e que não se cumpriu… mas traduz quase sempre um sentimento de incapacidade para mudar o resultado final!

Quanto maior a expectativa maior a frustração!

Esta pode ter origens diversas e derivar de um obstáculo (algo que te impede de alcançar o que desejas), incompatibilidade entre duas situações com valências emocionais semelhantes negativas ou positivas (ter de escolher e desejar ambas as opções ou ter de escolher entre duas opções quando não se quer nenhuma delas) … seja como for não consegues obter o que desejas!

Seja em criança ou em adulto, a frustração tem um sabor amargo… mas é possível superá-la!

·         Se reconheceres os teus limites (e os da realidade) e os aceitares.
·         Se evitares pensar constantemente na situação que já passou… se já aconteceu nada pode ser feito para a alterar!
·         Se te apoiares nas pessoas que te amam, falando sobre o que sentes. Ajuda a diminuir as emoções mais fortes e a perspetivar a situação.
·         Sendo flexível quando planeares algo. Não apontes uma única opção como solução, para não aumentares demasiado as expectativas sobre esse acontecimento.

·         Por último, aprende com os erros do passado… para não voltares a estar na mesma situação (ou semelhante) no futuro!

26 de março de 2015

Riscos e Rabiscos: O que significam os desenhos do seu filho?



Falar é uma forma de comunicação, muitas vezes privilegiada pelos adultos mas nem sempre pelas crianças… há outras formas de comunicação infantil, como o desenho!

Apesar de complexa a interpretação do desenho, a regra do que este traduz é muito simples… no papel em branco, a criança expressa seu estado emocional e intelectual. Imprime o que sente em relação ao meio envolvente e as relações que estabelece entre o que observa. Pode também servir para representar a ideia que tem da construção do ser humano, bem como de si próprio. 

Os desenhos são assim uma porta de acesso ao seu mundo interior.

Contudo, é preciso uma análise cuidada de um especialista para entender o que é dito no desenho, uma vez que a leitura literal com base em códigos redutores é perigosa.

A interpretação do desenho obedece a critérios vários, como a ordem pelo qual a criança desenhou as personagens, a repetição ou não do tema, a posição do desenho na folha, o tamanho do desenho…

Se a criança fizer um desenho de cores escuras (normalmente destacado pelos agentes educativos como preocupante), não quer dizer que esteja deprimida… pode simplesmente significar que gosta muito dessas cores (cores dos desenhos animados Monster High)…

Se fizer um desenho enorme ocupando muito do espaço livre da folha pode significar que é muito extrovertida ou impulsiva…  

Se desenhar algumas personagens (mãe e ou pai) muito grandes e com pormenores pode significar que valoriza essas figuras por senti-las muito presentes na sua vida ou por querê-las mais presentes…

Se não desenhar as mãos ou braços pode significar ausência ou dificuldade na gestão dos afetos ou insegurança, dificuldade em desenhar essa parte do corpo de forma pouco realista (autocrítica) …

A relação entre o desenho produzido e a interpretação psicológica não é direta… é necessário compreender a história de vida da criança, o comportamento desta enquanto desenha e ouvir a explicação que oferece ao legendar a sua obra!
Pode estar atento aos desenhos, mas em caso de dúvida, deve sempre procurar o apoio de um especialista, Psicólogo e/ou Pedopsiquiatra.

Ou seja, as “obras de arte” dos seus pequenos artistas que estão no frigorífico merecem um destaque maior do que só por questões estéticas! 

18 de novembro de 2014

A impressão certa







“Ela é competente”, “ele é estranho” são representações que construímos a partir da interpretação de um conjunto de comportamentos. A razão pela qual causamos muitas vezes a impressão errada é porque estamos habituados a ver a situação pelos nossos olhos e não na perspetiva do Outro! Para adaptar o nosso comportamento de forma a sermos amados, apreciados, respeitados e interessantes, num grupo de amigos, de colegas de trabalho ou numa entrevista de emprego, precisamos aprender a ver as coisas pela perspetiva de outra pessoa…

Algo aparentemente tão simples, é para a maioria terrivelmente difícil… e a culpa é nossa!

Muitos desde crianças foram o epicentro na e da vida dos pais, criando a ilusão que essa era a “lei” natural do movimento do mundo… egocêntrico. Quando somos chamados a sair de nós, da nossa zona de conforto, não sabemos como agir.

Mas se fizermos pequenas questões…

Como estou a agir? Estou agitada ou serena?
O quê e como estou a dizer? De forma agressiva ou assertiva?
Se estivesse a ouvir isto do Outro como me sentiria?
Conhecendo algo do Outro (vivências) como ele se sentirá?

…nós conseguimos passar a impressão certa de nós mesmos.


Agora tenta, tu consegues!!











12 de novembro de 2014

Pare!



Milhares de pessoas que anseiam pela imortalidade
Não sabem o que fazer
Numa tarde de chuva.
Susan Ertz


Aprendemos desde cedo a querer sempre mais e rapidamente, não despendendo tempo para parar e refletir na direção a seguir, no quanto estamos felizes com as escolhas feitas… mas como parar quando a vida nos empurra a continuar?

Milan Kundera reflete num dos seus livros, uma verdade, que a lentidão está para o recordar como a velocidade para o esquecimento, mas muitas vezes utilizamos esta premissa para fugir de nós mesmos… até porque não saberíamos o que fazer para preencher o vazio que encontrássemos!

Mas saber PARAR é uma arte que se aprende…

E aperfeiçoamos sempre que:


  • Fazemos pausas intencionais para respirar e inspirar, saboreando o momento que se está a                   viver.Seja uma festa de aniversário ou um abraço de um amigo, de um filho.
  • Nos questionamos face a um acontecimento bom ou mau se este é o caminho pretendido.
  • Abandonamos as desculpas que nos travam o caminho. “Não tenho tempo, dinheiro, jeito…”
  • Dominamos o medo do desconhecido, do que os Outros vão pensar e dizer “Os tempos livres                são um luxo”.


Por isso, pare e avance… Carpe diem!!

24 de setembro de 2014

Viver sem chefe...









“Uma das definições de loucura consiste em fazer as mesmas coisas, várias vezes, e esperar resultados diferentes”
 Albert Einstein


Ouvimos reclamar muitas vezes (e reclamamos) das exigências do mundo laboral, familiar... do quanto o HOJE é difícil... em que se exige implicitamente a todos os indivíduos, independentemente da idade e ocupação laboral, que sejam gestores das suas próprias competências e habilidades… e ninguém fica inocente porque TODOS nós já o fizemos, pelo menos uma vez!... 

Fazemos isto, sempre que esperamos (sem o nosso envolvimento) que os nossos filhos ajam de forma perfeita, comportamento e resultado escolar. Quando esperamos que o nosso chefe ou colega de trabalho aja infinitamente de forma correcta ou sempre que esperamos que o nosso companheiro (a) adivinhe o nosso desejo inconfessado enumeras vezes…esperamos tudo isto, mesmo quando não o fazemos!

Claro que se todos agíssemos sempre de forma autónoma, segura, responsável tudo teria outra dinâmica e resultado… contudo, como responder a esta exigência social que emerge aparentemente do nada, principalmente, quando se chega à idade activa?... após muitos anos de cultura social, familiar e académica de superprotecção?…


Só será possível se cada um de nós agir diariamente e em vários domínios como se não o tivesse chefe a observar, tal qual como “directores de marketing” de si próprio!...