Falar é uma forma de comunicação,
muitas vezes privilegiada pelos adultos mas nem sempre pelas crianças… há
outras formas de comunicação infantil, como o desenho!
Apesar de complexa a
interpretação do desenho, a regra do que este traduz é muito simples… no papel
em branco, a criança expressa seu estado emocional e intelectual. Imprime o que
sente em relação ao meio envolvente e as relações que estabelece entre o que
observa. Pode também servir para representar a ideia que tem da construção do
ser humano, bem como de si próprio.
Os desenhos são assim uma porta de acesso
ao seu mundo interior.
Contudo, é preciso uma análise
cuidada de um especialista para entender o que é dito no desenho, uma vez que a leitura literal com base em códigos
redutores é perigosa.
A interpretação do desenho
obedece a critérios vários, como a ordem pelo qual a criança desenhou as
personagens, a repetição ou não do tema, a posição do desenho na folha, o
tamanho do desenho…
Se a criança fizer um desenho de
cores escuras (normalmente destacado pelos agentes educativos como
preocupante), não quer dizer que esteja deprimida…
pode simplesmente significar que gosta muito dessas cores (cores dos desenhos
animados Monster High)…
Se fizer um desenho enorme
ocupando muito do espaço livre da folha pode significar que é muito
extrovertida ou impulsiva…
Se desenhar algumas personagens
(mãe e ou pai) muito grandes e com pormenores pode significar que valoriza
essas figuras por senti-las muito presentes na sua vida ou por querê-las mais
presentes…
Se não desenhar as mãos ou braços
pode significar ausência ou dificuldade na gestão dos afetos ou insegurança, dificuldade
em desenhar essa parte do corpo de forma pouco realista (autocrítica) …
A relação entre o desenho
produzido e a interpretação psicológica não é direta… é necessário compreender a
história de vida da criança, o comportamento desta enquanto desenha e ouvir a
explicação que oferece ao legendar a sua obra!
Pode estar atento aos desenhos,
mas em caso de dúvida, deve sempre procurar o apoio de um especialista, Psicólogo e/ou Pedopsiquiatra.
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